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quinta-feira, 16 de maio de 2013

ABANDONO

Abandono
 


Meu Deus, eu me abandono nas Tuas mãos.
Modela esta argila,
como o oleiro faz com o barro.
Dá-lhe forma e, depois, se Te aprouver,
desfá-la.
Dispõe, ordena.
Que queres que eu faça?
Que queres que eu não faça?

Elogiado, humilhado, perseguido,
incompreendido, caluniado,
alegre, triste ou inútil para tudo,
só direi, a exemplo de Tua Mãe:
"Faça-se em mim segundo a Tua palavra"

Dá-me o amor por excelência,
o amor da cruz,
não uma cruz heróica,
que poderia aumentar a minha vaidade,
mas das cruzes humildes e vulgares
que suporto com repugnância.
Aquelas que encontro todos os dias
na contradição, no esquecimento, no fracasso,
nos falsos juízos, na indiferença, na rejeição,
no menosprezo dos outros, no mal estar,
na doença, nas limitações intelectuais, na aridez e
na dureza do nosso coração. 

Só então Tu saberás que Te amo,
ainda que eu mesmo não o saiba.
Mas isso me basta.
Ámen.

Até breve

CM
 
 

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